O Bradesco planeja fechar 450 agências até o ano que vem com uma das formas de conter o aumento de despesas da instituição, que estão subindo acima do planejado pela instituição financeira.
Apesar da pressão de custos, o banco espera manter a rentabilidade e tem boas expectativas para a economia no ano que vem, com expansão do crédito e receitas geradas pela busca de produtos financeiros, como planos de previdência privada.
Não há uma região específica para o fechamento das agências. Fazemos um trabalho que leva em conta vários aspectos, como volume de pessoas. É algo pulverizado - explicou Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, ao comentar os resultados do terceiro trimestre com jornalistas.
O plano é fechar 150 agências nesse ano e 300 no ano que vem. Ao fim de setembro, o Bradesco contava com 4.567 agências, contanto as 50 que foram fechadas nos primeiros nove meses do ano. O banco divulgou nesta quinta-feira os resultados do terceiro trimestre do ano.
O lucro líquido foi de R$ 5,8 bilhões, uma alta de 16,5% na comparação com igual período de 2018. Já o recorrente, que exclui efeitos extraordinários, foi de R$ 6,5 bilhões, avanço de 19,6%. O resultado de janeiro a setembro, foi de R$ 17,7 bilhões (+26,4%) e o recorrente de R$ 19,2 bilhões (+22,3%).
Apesar do lucro maior, o banco viu sua despesa operacional (administrativa e de pessoal), no acumulado do ano, somar R$ 31,9 bilhões, uma alta de 7,5%, acima da faixa de até 4% prevista nas projeções do banco.
Entre os fatores que contribuíram para esse elevação, que deve se manter no último trimestre, foi o plano de demissão voluntárias, que se encerra nessa quinta-feira e atingiu a adesão de mais de três mil funcionários. O banco também está revendo contratos com fornecedores.
— Entendemos que temos que melhorar a linha de despesas e vamos tomar medidas. Já no PDD, já tivemos mais de três mil adesões e podemos afirmar que as despesas trabalhistas serão menores em 2020 — afirmou o executivo. Com informações do Yahoo Notícias.