A comunidade acadêmica da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e lideranças de diversas outras categorias e entidades realizaram, na manhã desta quarta-feira, 24, uma manifestação em frente à reitoria na cidade de Cruz das Almas (a 137 km de Salvador) pedindo a nomeação da professora Georgina Gonçalves.
Ela, que ficou em primeiro lugar em consulta informal realizada na universidade no mês de fevereiro concorrendo com outros cinco candidatos, está respondendo interinamente pela função como vice-reitora eleita no pleito anterior, cujo mandato termina no próximo dia 30 de julho.
A expectativa na manifestação foi de uma próxima nomeação por parte do Ministério da Educação, apesar de ações encaminhadas ao MEC, Ministério Público Federal e Justiça Federal, de um dos candidatos à reitoria, que teve o menor número de votos na consulta.
“No entanto, o professor tem sido sistematicamente derrotado nas suas intenções. A sua denúncia enviada ao MEC, em 15 de março de 2019, de cunho acusatório e difamatório não prosperou junto a esse Ministério, que acatou os argumentos de defesa apresentados pela UFRB”, afirmou em nota o ex-reitor da UFRB, Sílvio Soglia.
Ele apelou “para a responsabilidade institucional do governo, em reconhecer o nome da professora Georgina Gonçalves como expressão do desejo da maioria da comunidade universitária”. O Conselho Universitário (Consuni) da UFRB se posicionou, refutando acusações do professor derrotado sobre a lisura do processo que indicou a lista tríplice com os nomes dos mais votados para a reitoria.
Segundo o Consuni, as denúncias colocam “sob ameaça a autonomia universitária e a respeitabilidade dos órgãos dirigentes desta instituição, maculando a honra dos conselheiros e desestabilizando o convívio democrático e respeitoso em nossa universidade”.
Por meio de nota, os reitores de universidades públicas baianas também declararam defesa à nomeação do candidato mais votado pelo colégio eleitoral, composto pelo Conselho Universitário da UFRB, “de modo a assegurar a autonomia e a democracia da instituição”.
O documento é assinado pelos reitores da Universidade Federal da Bahia, Universidade Federal do Oeste da Bahia, Universidade Federal do Sul da Bahia, Universidade Federal do Vale do São Francisco, Universidade do Estado da Bahia, Universidade Estadual de Feira de Santana, Universidade Estadual de Santa Cruz, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e Instituto Federal Baiano.
Dentre outros, participaram do ato desta quarta a Associação dos Professores Universitários da Bahia (Apub), a Associação Nacional de História (Anpuh-BA), Levante Popular da Juventude, Une e União da Juventude Socialista. Com informações do Jornal A Tarde.