A cortiça tem como capital, Coruche. A maior afluência de
cortiça, ou seja, de sobreiros, é no Alentejo e ribatejo, sendo que no Algarve
existem sobreiros, embora em menos quantidade.
Surgiu uma lei que foi aprovada,
unanimemente, onde dizia que seria proibido, a partir daquele dia, cortar
sobreiros, ou seja, a árvore da cortiça.
O que, somente, é possível
fazer é extrair a cortiça. Tal ação não interfere na saúde da árvore. Há pouco
tempo, a cortiça surgiu como decoração e começou a fazer parte da “mobília” da
casa de muitas pessoas.
Tal vez devido à sua impressionante sustentabilidade e
amizade ambiental e, por estar associada a um estilo simples, confortável, mas
com certo requinte, ainda que simplista. É um estilo, defendido por muitos, em
harmonia com a natureza. Devido à abundância de sobreiros no nosso país,
Portugal, é dito como o maior produtor mundial de cortiça.
E como se costuma dizer: “a arte aguça o engenho”, a
partir da extração da cortiça, começaram a ser desenvolvidos vários tipos de
arte elaborados com a cortiça como, por exemplo, sapatos, malas, brincos,
pulseiras, colares, quadro de cortiça e, até, pequenas obras de arte como
presépios e outro tipo de figuras só feitas em cortiça.
Dentro de estas obras de arte, um deles é muito usado,
aliás, cada vez mais usado, trata-se do quadro de cortiça. Para quem não sabe,
o quadro de cortiça para além da vertente de decoração, é muito útil e, por
isso, muito utilizado no quotidiano de muitas pessoas.
Muitas viajantes internacionais utilizam o quadro de
cortiça, afixado no seu quarto, com o objetivo de afixarem com um pionés os
países por onde já viajaram. Numa vertente mais formal e educativa, o quadro de
cortiça serve para fazer certos anúncios como, por exemplo, notas finais de fim
de ano, informações relevantes acerca da própria instituição escolar e, para os
mais interessados, casas para alugar ou, até mesmo, residências estudantis.
Outras técnicas utilizadas na elaboração de trabalhos em
cortiça é, também, utilizar a cortiça como material reciclado, ou seja,
candeeiros a partir de rolhas de cortiça. Ao mesmo tempo que se estão a
reciclar as rolhas de garrafa, está a desenvolver-se a criatividade e a dar
vida a algo que, se calhar, não teria outro fim sem ser o lixo. Desta maneira,
são conseguidos trabalhos incríveis, capazes, com a ajuda da cortiça, de
proporcionar, igualmente, o ambiente de conforto e relaxamento que o
revestimento de cortiça, do chão e das paredes, conseguem.