A cratera gigante que se abriu misteriosamente perto de uma vila do município de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, na Bahia, aumentou quase 3 metros no comprimento em um período de sete dias.
O buraco, cujas causas ainda são desconhecidas, fica no meio de uma mata nativa na localidade de Matarandiba e está a cerca de 1 km do local onde vivem os moradores, que se dizem preocupados com a situação.
A erosão se formou numa área de propriedade da multinacional americana Dow Química, que utiliza a região para extração de salmora, uma mistura de água e sal usada na fabricação de produtos químicos - a salmora é retirada em seis poços a uma profundidade de 1,2 mil metros.
A empresa diz que está investigando se a cratera tem relação com o trabalho de perfuração que desenvolve no local e está monitorando a área com microssensores, drones e software de alta precisão. A erosão foi descoberta pela própria empresa há 20 dias, durante um trabalho de rotina.
O Ministério Público informou nesta segunda (18) que está acompanhando a situação e aguardando relatório da Defesa Civil municipal e estadual.
A Dow disse que, semanalmente, estão sendo realizadas medições da erosão. Na medição realizada em 1º de junho de 2018, constatou-se o tamanho de 69 metros de comprimento por 29 metros de largura, o que equivalia a um terço de um campo de futebol. A profundidade era de 46 metros.
Já a mais recente medição, realizada em 8 de junho, mostrou que as medidas da cratera são 71,7 metros de comprimento por 29,7 metros de largura e profundidade é 45,4 metros.
Houve, portanto, um crescimento de 2,7 metros no comprimento do buraco, enquanto a largura permanece praticamente inalterada. A profundidade diminuiu um pouco, segundo a Dow, devido aos materiais que caem das laterais. Com informações do G1.