A missão oficial de Michel Temer ao Japão, preparada pelo chanceler José Serra, parece ter resultado em mais prejuízos do que lucros; na esperança de atrair investimentos ao Brasil, o Temer foi obrigado a ouvir reclamações e cobranças do primeiro-ministro Shinzo Abe; segundo reportagem da Folha, a portas fechadas, Abe foi curto e grosso com Temer: reclamou das perdas bilionárias que o Japão teve recentemente devido à operação Lava Jato, responsável por paralisar inúmeros projetos e obras de infraestrutura que os japoneses desenvolviam em parceria com as empreiteiras brasileiras; como exemplo, citou a Kawasaki, maior fabricante de navios, trens e outros maquinários pesados do Japão, que declarou perdas de R$ 760 milhões com o Estaleiro Enseada, em que tem sociedade com as empreiteiras Odebrecht, OAS e UTC
Segundo reportagem da Folha, apesar do aperto de mãos entre os chefes de Estado, a portas fechadas o primeiro-ministro japonês foi curto e grosso: reclamou das perdas bilionárias que o Japão teve recentemente devido à operação Lava Jato, responsável por paralisar inúmeros projetos e obras de infraestrutura que os japoneses desenvolviam em parceria com as empreiteiras brasileiras. Ele deu como exemplo as perdas de R$ 760 milhões da Kawasaki — mais conhecida no Brasil por suas motos, mas que no Japão é a maior fabricante de navios, trens e outros maquinários pesados — no Estaleiro Enseada Industria Naval, em Maragogipe - Bahia.
A Kawasaki administra o estaleiro junto com a Odebrecht, OAS e UTC, e teve suas atividades paralisadas pela Lava Jato. Grandes indústrias dentre as 700 que se instalaram no Brasil também perderam com a mudança de regras do setor elétrico brasileiro, que encareceu o custo da eletricidade. A derrocada do modelo baseado em consumo e crédito subsidiados golpeou também a indústria automotiva, na qual os japoneses investiram US$ 7 bilhões entre 2003 e 2006. Mas os investidores japoneses responderam, de diversas formas, que hesitam em correr de novo esses riscos até terem certeza de quais são as regras dos contratos, e de que elas não serão quebradas. Com Informações do Blog do Zevaldo, Via: Brasil247 e Folha.