Com a definição do cenário eleitoral, o mercado se ajusta à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Com dez minutos de pregão, a queda do Ibovespa - principal índice de ações da Bolsa - era de 1,74%, mas com vinte minutos de negócios, a baixa já estava em mais de 6%.
Às 10h23, o Ibovespa recuava 6,18%, cotado a 48.722 pontos, na mínima até o horário. A cotação máxima ocorreu na própria abertura, aos 51.937 pontos.
Uma hora depois, às 11h21, a queda era de 4,93%, aos 49.382 pontos.
As ações ordinárias (ON) da Petrobrás, fortemente influenciadas durante toda a eleição pelo noticiário político, recuavam 12,61%, cotadas a R$ 13,70. As preferenciais (PN) tinham baixa de 12,94%, negociadas por R$ 14,21. Os papeis lideravam a baixa do Ibovespa.
O dólar, por outro lado, operava em alta. No horário, a moeda norte-americana avançava 2,84%, cotada a R$ 2,533. Na máxima, o dólar comercial chegou a ser negociado por R$ 2,56.
A maior expectativa do mercado agora é sobre a nova equipe econômica e sobre quem substituirá o ministro Guido Mantega na Fazenda neste segundo mandato da petista, que sinalizou ontem estar disposta ao diálogo.
"Esta presidente aqui está disposta ao diálogo e este é o meu primeiro compromisso", disse Dilma Rousseff, em discurso após a confirmação de sua vitória.
A presidente reeleita afirmou que uma de suas primeiras ações será promover com urgência medidas focadas na economia. "Vamos dar impulso às atividades econômicas, em especial à indústria", disse. Dilma prometeu ainda avanços fiscais, na primeira sinalização ao mercado em relação à política fiscal, e no combate à inflação.
O mercado europeu reagiu mal à reeleição de Dilma. Pela manhã, os recibos de ações (ADRs) da Petrobrás recuavam mais de 15% na Alemanha e 8% na Espanha. Com informações da Agência Estado.