A Lipari Mineração já cumpriu 35 condicionantes da Licença Prévia
(LP) ambiental e protocolou o requerimento da Licença de Instalação (LI)
para o Projeto Braúna no Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(INEMA), dia 24 de abril, avançando mais uma etapa para a concretização
do empreendimento, no município de Nordestina, Bahia.
A produção industrial está prevista para o primeiro trimestre de 2015,
precedida pelas atividades de comissionamento da mina e o aumento
gradual da produção durante o último trimestre deste ano.
"Desde janeiro a nossa equipe técnica ficou dedicada ao atendimento das
exigências do INEMA para permitir o protocolo do requerimento da
Licença. O resultado foi muito positivo e a partir de agora aguardamos a
liberação da Licença de Instalação para iniciar as obras de implantação
do Projeto Braúna ainda neste primeiro semestre", destacou o presidente
e diretor executivo da Lipari Mineração, Ken Johnson, em entrevista ao
Tribuna Feirense.
Segundo o executivo, durante os próximos dois meses os equipamentos com
tecnologia específica para a planta de beneficiamento, oriundos da
África do Sul, começam a chegar ao município de Nordestina, local de
instalação do Projeto.
A empresa já investiu no empreendimento mais de R$ 80 milhões em
pesquisa, exploração e planejamento. Para a implantação, o montante
previsto é de R$ 100 milhões.
O Projeto Braúna integra 22 ocorrências de kimberlito (rochas que contém
diamante) e será a primeira mina de diamantes da América do Sul
desenvolvida em rocha kimberlítica, a principal fonte primária do
mineral. A entrada em operação do Projeto Braúna aumentará em cinco
vezes a produção de diamantes do Brasil.
Empregos
"Na fase de construção e montagem do projeto haverá um impacto direto
com a criação de até 600 postos de trabalho. Em seu pleno funcionamento,
a perspectiva é que a mina empregue até 300 trabalhadores diretos e
contribua para o surgimento de mais de 3.500 postos de trabalho
indiretos", ressalta Johnson.
Na primeira fase do projeto, cujo alvo é o kimberlito denominado Braúna
3, estima-se a extração de 4,9 milhões de toneladas de kimberlito,
distribuídos em dois lobos principais (Norte e Sul) e a disposição de
32,9 milhões de toneladas de estéril (granodiorito), produzindo cerca de
2,5 milhões de quilates de diamantes durante os primeiros 7 anos de
operação a céu aberto. A mina possui potencial para estender a vida útil
da operação através de lavra subterrânea e do desenvolvimento de
recursos adicionais associados às demais ocorrências de kimberlito que
foram descobertas nas áreas de concessão da empresa. As informações são
do Tribuna da Bahia.