Moradores da Estação, em São Miguel, sofrem com descaso do Poder Público

Recôncavo News
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O esgoto a céu aberto, além de descaso, é uma questão de saúde pública.
Moradores do bairro da Estação, em São Miguel das Matas, tem constantemente procurado a Redação da Criativa Online, para queixarem-se do que consideram descaso do Poder Público municipal com o bairro em que residem.
Segundo eles, a falta de esgotamento sanitário e de infra-estrutura do Loteamento El-Shadday, tem agravado os problemas decorrentes da poluição para os moradores da Estação, pois os dejetos das residências (inclusive fecais), são jogado a esmo a questão deixou o campo da urbanização e passou a ser caso de saúde pública, pois a represa cada dia a mais é poluída.
Os moradores disseram ainda que, além da poluição, os casos de doenças e a infestação de mosquitos, moscas e muriçocas tem se agravado, bem como pode ocasionar o surgimento de doenças relacionadas à falta de saneamento: amebíase, ancilostomíase, ascaridíase, cisticercose, cólera, dengue, diarréia, desinterias, elefantíase, esquistossomose, febre amarela, febre paratifóide, febre tifóide, giardíase, hepatite, infecções na pele e nos olhos, leptospirose, malária, poliomielite, teníase e tricuríase.
É importante lembrar que os custos com prevenção dessas doenças são menores do que os que se tem com a cura e a perda de vidas por causa delas. Também se poderiam otimizar os gastos públicos com saúde se o dinheiro investido em tratamento de doenças vinculadas à falta de saneamento pudesse ser direcionado para outras questões.
 
Para reduzir os casos dessas doenças é fundamental que a população tenha acesso a água boa, tratamento correto do esgoto (seja ele doméstico, industrial, hospitalar ou de qualquer outro tipo), destinação e tratamento do lixo, drenagem urbana, instalações sanitárias adequadas e promoção da educação sanitária (que inclui hábitos de higiene), entre outras ações.
A sociedade civil precisa estar alerta que o problema toxicológico causado pela falta de coleta e tratamento de esgoto e que não está restrita apenas às comunidades carentes. Basta um vento mais forte ou uma chuva para carregar as substâncias tóxicas para muito mais longe, contaminando e condenando, em porções homeopáticas, toda a sociedade.
Tais substâncias, despejadas diariamente em nossos rios pelos esgotos, são um verdadeiro inimigo invisível. A sociedade deve se unir e cobrar de seus governantes um olhar mais atento e investimentos prioritários na coleta e tratamento de esgoto devem ser feitos para garantir qualidade de vida à nossa população e, principalmente, às nossas futuras gerações.

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