As obras da Arena Fonte Nova podem ser paralisadas. O secretário de Assuntos da Copa do Mundo, Ney Campello (PCdoB), nega a afirmação acima, contudo, com 60% da construção já executada um impasse na liberação da totalidade dos recursos tem potencial para atrasar o cronograma. O governo trabalha com a ideia de integrar a obra em dezembro próximo.
O nó está relacionado ao contrato de empréstimo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Dos 323 milhões de reais previstos para financiar a obra, o consórcio Fonte Nova Participações (FNP) teve acesso a 65%, algo em torno de 210 mi. Os outros 110 dependem da liberação do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Em junho completará dois anos desde que os conselheiros Pedro Lino, Manoel Castro e Zilton Rocha, membros à época da segunda câmara do órgão, aprovaram o requerimento para contratar uma consultoria técnica que teria a missão de auxiliar os auditores do tribunal a analisar os projetos executivos da obra.
A opção desde então foi pela contratação da consultoria prestada pelo departamento da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Contudo, o orçamento apresentado, de acordo com o atual presidente do TCE, Zilton Rocha, estava acima do que o órgão poderia pagar. Ridalva Figueiredo, antiga presidente, também teria justificado a não contratação pela mesma razão.
Segundo o presidente do TCE, o orçamento ficou alto porque houve uma dificuldade de entendimento entre órgão e consultoria quanto ao objeto do contrato. Com as dúvidas esclarecidas, Zilton garante que em breve os técnicos da universidade vão iniciar os estudos que devem dar subsídios para os conselheiros apreciarem a Parceria Público-Privada (PPP).
A despeito de o resultado da auditoria constatar irregularidades e o conselheiros rejeitarem o contrato, o secretário Ney Campello está confiante. Para além, o chefe da pasta estadual afirma que no momento atual não acredita em interrupção da obra. “A Arena tem outros agentes de financiamento e estamos cumprindo com tudo que foi estabelecido”.
Campello ressalta que o governo do estado e a FNP entregaram, após algum atraso, todos os projetos executivos da obra. “Nós também contratamos uma auditoria”. O comunista deixa claro que o Poder Executivo não tem controle sobre o fluxo de recursos da obra, mas diz acreditar que o dinheiro do Banco do Nordeste (250 milhões de reais), somado aos de outras fontes serão suficientes para a conclusão do estádio.
Resta saber se ao final da auditoria houver comprovação de irregularidades o que será feito. Até lá, a obra segue dentro do cronograma, sendo a Arena Fonte Nova, a intervenção mais adianta nos preparativos de Salvador para receber os jogos da Copa das Confederações em 2013 e do Mundial de 2014.
A reportagem do Bocão News aguardou durante mais de uma semana o pronunciamento da FNP sobre estas questões. Não houve resposta aos emails e telefonemas realizados. Fonte/Foto: Bocão News.
