Um consumidor teve uma surpresa desagradável ao abrir um bombom da Cacau Show, dias antes da Páscoa: além de creme de morango, a trufa comprada por Wanderson Malgarezi continha uma larva viva no recheio.
O internauta contou que comprou oito trufas na franquia da marca na rua João Pessoa, em Criciúma, Santa Catarina. Ao abrir a primeira delas, o chocolate que cobria a trufa esfarelou e o inseto saiu, vivo, de dentro do doce.
Malgarezi voltou à loja pouco tempo depois para fazer uma reclamação. A gerente da filial pegou o produto e levou aos donos, nos fundos da loja. Ao retornar, já sem o bombom em mãos, avisou que o consumidor deveria trocar o produto por um outro ou aceitar o dinheiro de volta.
"Fiquei pensando em quantas pessoas poderiam morder o bombom sem olhar. Estava esperando uma desculpa que não veio", afirmou Malgarezi, que saiu da loja irritado, sem aceitar outro produto, nem o valor de volta. A trufa que ele levou até o estabelecimento não foi devolvida pela vendedora.
O consumidor decidiu fazer, então, uma reclamação no site da empresa, através de um formulário de atendimento ao cliente, mas não obteve resposta.
Procurada pelo Terra a Cacau Show afirmou que, como medida preventiva, solicitou à franquia a retirada de todos os produtos do mesmo lote, que serão enviados para análise técnica. Além destes produtos, a empresa informou em comunicado que as trufas do mesmo lote que ficaram acondicionadas na fábrica - e não foram, portanto, para os pontos de venda - passaram por análise "e não foi evidenciada alteração".
A empresa também afirmou que acredita não ser possível uma infestação do bombom por esse tipo de larva no ambiente da fábrica ou de armazenamento em loja, e até indicou que o inseto, que seria da espécie Ephéstia, não sobrevive a temperaturas de 30°C, aos quais são submetidos os ingredientes utilizados na fabricação dos produtos.
No entanto, a empresa confirmou que toda essa avaliação foi feita por meio da fotografia enviada pelo consumidor, sem qualquer teste em laboratório ou mesmo manuseio do produto.
Questionada pelo Terra, a respeito, a Cacau Show não soube informar o destino dado ao bombom que ficou retido na loja da rua João Pessoa e nem garantir, portanto, um estudo direto sobre o produto possivelmente infectado, apenas sobre os outros produtos constantes do mesmo lote do qual ele fazia parte.
A Cacau Show disse que pretende divulgar o laudo de análise das trufas, que será feito por um laboratório contratado, mas não soube informar qual é o prazo para a obtenção destes resultados. Fonte/Foto: Portal Terra.