Após ser unanimidade, Ávine volta a receber vaias da torcida

Anônimo
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Se antes o sorriso no rosto era algo corriqueiro para Ávine, agora o semblante ganhou ares de preocupação.

Sentado na escada que dá acesso ao campo número 2 de treinamento do Fazendão, o lateral-esquerdo observava na tarde da última segunda-feira, 25, à tarde, o bate-bola dos companheiros de labuta que, por sua vez, já estavam no gramado.

Com olhar distante, parecia, assim como boa parte da nação azul, vermelha e branca, não entender como um time que tem renomados jogadores – a exemplo de Jobson, Souza e Ricardinho – ocupa apenas a 16ª colocação, com 11 pontos, a dois da zona de rebaixamento.

O empate diante do Coritiba, em Pituaçu, não apenas manteve o jejum de cinco jogos sem vencer em casa no Nacional, mas também proporcionou uma situação um tanto quanto inesperada ao lateral durante a partida.

A partir dos 30 minutos do segundo tempo, a cada toque dado na bola por ele, a agora impaciente torcida tricolor vaiava o ala até então intocável. “Sinto por isso, mas temos que responder dentro de campo. Sei que eles nunca nos abandonarão. Vamos melhorar, tenho certeza disso”, ressaltou, para em seguida levantar, acenar positivamente e seguir em direção à academia, onde fez treino à parte.

“Está bom, mas não quero falar mais nada não”, concluiu o jogador que está no clube desde 2006. Ao longo desses cinco anos, soma 204 jogos e 16 gols.

Demissão - O zagueiro e capitão Titi compartilha do mesmo pensamento de Ávine. Para ele, a cobrança da torcida é natural, principalmente, pelo fato de o Esquadrão não corresponder em campo ao apoio dado fora dele.

“Se você me perguntar o que há, sinceramente não sei dizer. É claro que estamos fazendo bons jogos, procurando a vitória. Porém, temos que dar crédito aos adversários também”, disse.

Quando questionado sobre uma possível saída do treinador René Simões – houve um coro de ‘Adeus René’ ecoado das arquibancadas de Pituaçu – em caso de um novo insucesso diante do Vasco, quinta-feira, no Rio de Janeiro, Titi saiu em defesa do comandante.

“Eu me vejo na situação do René. Toda hora ele tem que mudar o time por lesão, suspensão, novos contratados. Toda vez é uma equipe diferente. Mesmo assim, ele consegue montar um time competitivo. Agora temos que trabalhar muito, com muita dedicação. Só assim iremos superar essa fase”.

Fonte: A Tarde
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