O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) concedeu nesta quinta-feira (28) a licença de
implantação do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, projeto que será
instalado no município de Maragojipe, às margens do Rio Paraguaçu e nas
proximidades do canteiro de obras de São Roque.
O estaleiro, a ser construído por uma empresa formada pela Odebrecht,
UTC e OAS será totalmente voltado para a produção de plataformas de
petróleo, dentro de um terreno de três milhões de metros quadrados.
Quando concluído, mediante investimentos previstos de R$ 2 bilhões,
ocupará uma área aproximada de 150 hectares, com abrangência
socioeconômica envolvendo Maragojipe, Itaparica, Saubara, Salinas da
Margarida, Cachoeira e São Félix, cidades abordadas durante o processo
de licenciamento.
“A obtenção desta licença representa um importante passo para a
consolidação da indústria naval da Bahia, porque permite a construção
efetiva deste estaleiro e a reinserção do estado na construção de
plataformas de petróleo”, afirmou o secretário extraordinário da
Indústria Naval e Portuária, Roberto Benjamin.
Entre as principais condicionantes respeitadas pelo empreendimento,
está o Projeto Básico Ambiental (PBA). “Consiste num conjunto de
iniciativas relativas à alfabetização e capacitação da comunidade local,
esgotamento sanitário, destinação de efluentes e resíduos sólidos,
garantindo qualidade de vida ao entorno do estaleiro”, explicou o
coordenador-executivo de Acompanhamento de Políticas Governamentais da
Casa Civil, Eracy Lafuente.
Também faz parte do projeto a promoção de ensino profissionalizante
para trabalhadores da região, cursos para pescadores extrativistas e
aprimoramento das atividades exercidas pelos quilombolas, entre outras
ações educativas. “Este estaleiro vai ser quase cinco vezes maior que o
de São Roque do Paraguaçu, proporcionando a geração de muitos empregos,
além do estímulo à qualificação de engenheiros navais e técnicos”, disse
Lafuente.
Quatro mil empregos diretos
A estimativa é de que, somente durante a construção do estaleiro, com
duração prevista de dois anos, a partir do início das obras, ainda com
data indefinida, sejam gerados quatro mil empregos diretos. A
expectativa é que toda a economia baiana seja movimentada pelo
estaleiro, que, além das vagas de emprego, vai possibilitar o
fortalecimento de serviços indiretos, com a criação de pequenas
economias na área.
Fonte: Forte na Notícia